O Crash erótico é um filme produzido em 1996 pelo diretor canadense David Cronenberg. Adaptação do livro homônimo escrito pelo britânico J.G. Ballard, a trama gira em torno de um grupo de pessoas que exploram o prazer através de acidentes automobilísticos.

Desde seu anúncio, o filme já causava polêmica, pois explorava temas considerados tabus e controversos, como a relação entre sexo e violência, a fetichização de acidentes automobilísticos e a exposição de fetiches sexuais pouco comuns.

Ao ser lançado, o filme gerou intensa discussão entre críticos e especialistas, dividindo opiniões. Enquanto alguns elogiavam a ousadia narrativa e a atuação dos atores, outros criticavam a temática e a forma como o filme lidava com a sexualidade.

Um dos principais pontos de polêmica era a cena de sexo entre os protagonistas após um acidente de carro. Para muitos, a cena beirava o obsceno e a falta de pudor ao lidar com a sexualidade deixava a obra carente de profundidade e sensibilidade.

Ainda assim, o filme recebeu prêmios importantes em festivais como Cannes e Toronto, chegando a ser indicado ao Oscar de Melhor Edição.

A polêmica em torno do filme Crash Erótico não se restringiu apenas à sua época de lançamento. A obra continuou a gerar discussões por anos, tornando-se uma espécie de marco na representação da sexualidade no cinema.

Para alguns, o filme ajudou a quebrar tabus e a trazer à tona assuntos que antes eram escondidos ou reprimidos. Para outros, no entanto, o Crash erótico não passava de uma exploração gratuita da sexualidade, sem profundidade ou sensibilidade.

Independentemente da opinião, é inegável que Crash Erótico deixou uma marca na história do cinema, provocando reflexões e debates sobre sexualidade, tabus e o limite entre arte e obscenidade.